quarta-feira, 11 de junho de 2014

S(o)li(tária)

Passados turbilhões de emoções e um sem fim de dias... deu-me para isto.
Escrever sempre foi o meu porto de abrigo. Falar sempre foi o meu forte. Ou fraco?! Enfim. Desabar os meus pensamentos mudos não mudou, definitivamente. Ler as palavras antigas faz-me perceber que cresci mas não mudei assim tanto. Continuo pesarosa, medrosa, insegura, preocupada... uma bola de neve que ao longo do tempo mais atingindo maior dimensão. A diferença é que a mim nada derrete.
A minha mente bloqueia mais do que era normal, pelo menos que me lembre. Todos os dias são novos, diferentes ou iguais, dão-me sempre a volta à alma e eu já não sei o que fazer com ela. Já não controlo emoções, já nem sei mesmo se me controlo muitas vezes a mim mesma pois por vezes a minha vontade e sair sem destino mas nem essa força abstrata de vontade eu sou capaz de realizar.
Neste momento só a projeção destes pensamentos trancados num buraco sem fundos e o som das teclas e ecoarem os sentimentos me apazigua a alma. E a minha vontade é não parar até sentir o corpo leve e livre. Livre de culpa, de mágoa, de angustiada  e do famoso stress. Inspiro fundo mas continuo ás voltas. Olho á volta e nada me acalma. É tudo, sempre, igual. Irritantemente igual.
Os cigarros aparecem uns atrás dos outros e eu ainda me entristeço mais pois aquele momento só dura até a chama apagar. E as soluções continuam por aí. Ao fim ao cabo o caos é tanto que já nem sei o que hei de solucionar para poder respirar sem ficar sem fôlego, para puder falar sem que a minha ira sobressaia pelos meus olhos, para que os meus ouvidos tolerem o som das vozes dos outros. Para que pelo menos a minha alma esteja em paz.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Suspiro

Tanto tempo e parece que foi ontem. Tanto tempo e parece que cada vez mais, me vou aproximando daquilo que se afasta. O mundo à minha volta já não me pertence. Assim como tu também não.
Sinto-me desconcertada e desorientada. Sei que não voltas. Que eu não volto atrás. E esse 'nós' não existe. Não sei bem se isso me assusta. Já me assusta tanta coisa, já estou tão apavorada e baralhada e sinceramente, não percebo o sentido das coisas.
Já ouvi dizer que se pudessemos voltar atrás nunca seguiriamos em frente. Pois eu sinto-me atada de pés e mãos a este presente que nada me diz e nada me dá. Não é meu nem que seja pelo facto de eu o não estar a viver. Flutuo na onda destes momentos que me leva a sítio nenhum, que me arrepiam, me trazem recordações, arrependimentos, saudades...
Eu... eu dou um passo cada dia e a cada passo, tropeço.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Rumos

Talvez o melhor nem seja esperar. Melhor mesmo é acordar deste sonho que eu própria tenho vindo a construir. Todos nós temos a capacidade de reproduzir o melhor. O melhor que nos vem à cabeça. O que mais queremos, mais desejamos. Idealizamos tudo como se algum dia isso fosse mesmo acontecer...
Por vezes isso magoa-nos. Por vezes temos de ser capazes de dizer não a nós mesmos. De ver que por muito bom que seja acabou. Há mais caminhos mas por medo, insegurança ou por simplesmente sabermos que já andamos por um caminho que nos encheu a alma de felicidade, não o queremos deixar para trás. Mas nem sempre esse é o passo correcto, nem sempre podemos sentar-nos à espera que tudo volte ao normal porque nada volta. O passado é história, o presente é isso mesmo, um presente e o futuro é um mistério.
Não sei se acredito que tudo muda. Não sei se depois da tempestade vem a bonança ou se depois da chuva vem mesmo o arco íris. Ás vezes sinto que não sei nada e quanto mais espero, mas dificeis me parece essa espera. Ao fim de contas, eu nem sei o que é que espero.
Rumos estranhos que tomamos por vezes sem pensar. Por vezes deixamo-nos ir, por vezes voltamos para trás, ou seguimos em frente. Por vezes... arrependemo-nos

segunda-feira, 14 de junho de 2010

In «Vou-te contar um segredo»

«Ainda não sei esperar, corro atrás da vida sem lhe dar tempo para me trazer o que preciso e que tão-pouco sei o que é, ainda não sei aceitar derrotas ou perdas, embora tivesse aprendido que amar é querer sempre o melhor para aqueles que amamos, mesmo que isso não seja o melhor para nós, que o amor tem asas e, por isso, pode voar e ir-se embora sem que morra no peito, que a doçura é um bem precioso que nos suaviza o coração e que nunca deixamos de amar quem queremos proteger, mesmo que a protecção seja abrir as janelas e olhar cada vez para mais longe, deixando entrar o frio, a chuva e a tristeza.»

Margarida Rebelo Pinto

quarta-feira, 9 de junho de 2010

domingo, 2 de maio de 2010

As asas

"Um homem demora muito tempo a fazer-se. Não somos como aqueles passaritos que se soltam na imensidão dos céus pouco tempo depois de terem visto a luz. Trazemos em nós uma semente que demora a germinar, que gasta nessa tarefa muitos anos de agitação e silêncio. É assim, decerto, porque está destinada a dar um fruto muito maior que o do pássaro.


Temos, sem dúvida, uma alma: raciocinamos, temos sede de conhecer, somos capazes de amar e de escolher. Um animal come necessariamente, se tiver fome e o alimento estiver ao seu alcance. Um homem, nas mesmas circunstâncias, pode não o fazer. Porque, por exemplo, resolveu fazer dieta. Ou porque escolheu dar o seu alimento a outro que tinha mais fome do que ele. Tem a possibilidade de viver de acordo com outros critérios.

Há muitos séculos que chamamos alma a esse não-sei-quê que faz parte de nós e nos permite viver num plano superior ao das coisas simplesmente materiais. É como se possuíssemos uma espécie de asas.

Sabemos apreciar um sofá confortável, um sono reparador, um bom bife com batatas fritas. Mas precisamos de mais do que isso. E damos por nós a perguntar “porquê?”, ou a discutir ideias. E descobrimos que há qualquer coisa – não feita de células ou moléculas – que nos comove e nos atrai numa paisagem, num gesto de heroísmo, num poema, na música.

Há uma beleza e um bem que não são feitos de nada que se possa tocar. Que não estão nas coisas, embora as coisas nos levem a eles. Aquilo que é apenas material – acabamos sempre por o descobrir – sabe a pouco e não nos enche as medidas. Mas leva tempo a chegar aí.

Leva tempo até percebermos, por exemplo, que existe uma paz que não é a paz das coisas, mas sim uma harmonia interior que resulta de um comportamento correcto. E que é esse o género de paz que nos interessa; que não nos basta aquela paz que é feita somente de ausência de vento ou de guerra.

Um homem tem de crescer não apenas corporalmente. Deve atingir uma envergadura que ultrapassa em muito o âmbito das coisas materiais. Deve fazer-se… homem.

É um caminho já de si longo. Ainda por cima, cometemos com frequência a burrice de termos medo de ganhar asas. De largar um pouco esses outros bens – mais pequenos, mais baixos, mais… animais. É olhar e ver como muitas vezes nos afadigamos correndo atrás da posse de bens materiais e dos prazeres que não são senão para o corpo e de que também gostamos. Ter, gozar, curtir, comprar, comprar… Ter, ter, ter.

Mas sucede que o ter e o comprar e o curtir – usados de um modo exagerado, como fazemos – nos atrasam. Perdemos tempo.

Quem vive obcecado com a posse de prazeres e bens materiais não tem acesso aos prazeres da alma. Passa ao lado do bem e da beleza e do amor. Porque escolheu um nível para a sua vida – o mais cómodo – e escolher uma coisa é sacrificar as outras. Não é possível alcançar o topo da montanha e, simultaneamente, permanecer deitado à sombra lá em baixo.

Portanto, apressemo-nos. Pois, como escreveu o poeta, ter é tardar…"



Paulo Geraldo

quinta-feira, 25 de março de 2010

Soulmate



There is a soulmate for everyone :)

segunda-feira, 22 de março de 2010

Firmezaa

Não há momento algum que eu não lute. Por mim. Preciso de forças, de sorrisos e coragem! Onde vou eu camiinhar para os encontrar?
Não volto a sentar, chorar, lamentar...
Não posso. Não quero deixar a minha cabeça num nuraco sem fundo.


.




                                      Outra vez!

sábado, 20 de março de 2010

Ando à procura de mim mesma..

Estou perdida num Mundo sei fim, no caminho sem estrada. Num tempo ilimitado, em palavras silenciadas. Não sei o rumo da minha vida, não sei onde se encontra a saída. Quero entender, mas sinto que ninguém é capaz de me perceber.
Sinto nas veias a frustração a rebentar, uma força de lutar por algo que provávelmente jamais vou alcançar. A cada dia um novo gesto, um novo passo em falso que me faz vacilar e repensar a minha vida e me faz perceber que me encontro de novo perdida.
Eu não sei em que caminho estou. Sinto que aqui estou mal. Aqui mal me mexo, mal respiro e limito-me a sobreviver. Será se alguém me quero tirar daqui? Estender-me a mão sei me dizer que 'não' quando eu questiono se tudo irá ficar bem?
Alguém que seja capaz de irromper a minha vida e salvar-me?
Esse alguém sou eu?

sábado, 13 de março de 2010

Only one

Passa-se tanta coisa e quanto mais escrevo, mais penso. Decidi sentar, esperar e desejar que tudo corra bem. Que um dia volte a acordar nos teus braços e a sussurrar-te palavras ao ouvido pelo manhã. Senti o teu cheiro em mim a toda à hora, saber que tu estás comigo e sentes o que sinto.
O tempo vai passado e eu vou aprendendo, aconteça o que acontecer, p'ra frente é que é caminho.