terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Dia Sim, dia Não


É impossível podermos supor o dia de amanhã, porque sempre esperamos o inesperavél, e quando não estamos à espera, cai-nos o Mundo em cima.
Sentia-me a rebentar de alegria e menos de vinte e quatro horas depois os meus olhos irroperam num pranto de lágrimas e o meu coração mingou.
O meu dia encheu-se de nada, a minha cabeça girava velozmente, pesada e devastada pelas palavras e actos que a enchiam. Foi um dia longo e duro. Sentia-me prestes a afundar-me num lugar sem fim, escuro e frio. Não conseguia nem consigo explicar a maioria dos porquês de estar assim. Precisava da solidão que tanto odeio, de inundar a minha mente de pensamentos que acabaram por não me dar respostas.
Acabei por me fazer à estrada e chegar à praia. Eu, os meus pensamente e a minha máquina que pelo menos me distraíu. Precisava do meu momento zen e ali não houve praticamente sinais de vida humana durante o tempo que lá estive. Só as gaivotas a pairarem livremente sobre a minha cabeça.
O mar rugia furioso e vento quase me feriu os ouvidos. Tal como eu, a Natureza parecia transbordar frustração e raiva. Mas ambos começamos por amaiar com o passar do tempo.
Voltei mas mesmo assim não me senti tão melhor quanto esperava.
A verdade é que só algo me afagou a alma pelo olhar, mais para a noite.
Mas o aperto do peito AINDA não passou.

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